domingo, 8 de fevereiro de 2009




(...) Em memória de meu pai, transcrevo suas palavras: “e, circunstancialmente, entre posturas mais urgentes, cada um deve sentar-se num banco, plantar bem um dos pés no chão, curvar a espinha, fincar o cotovelo do braço no joelho, e, depois, na altura do queixo, apoiar a cabeça no dorso da mão, e com olhos amenos assistir ao movimento do sol e das chuvas e dos ventos, e com os mesmos olhos amenos assistir à manipulação misteriosa de outras ferramentas que o tempo habilmente emprega em suas transformações, não questionando jamais sobre seus desígnios insondáveis, sinuosos, como não se questionam nos puros planos das planícies as trilhas tortuosas debaixo dos cascos, traçadas nos pastos pelos rebanhos: que o gado sempre vai ao poço.”

Raduan Nassar, Lavoura Arcaica
Foto: Eduardo Simões, Cadernos de Literatura Brasileira nº2, setembro 1996, Instituto Moreira Salles


3 comentários:

Anônimo disse...

Bola....foto de Pindorama, onde achou? Cadêa foto do vô que tava aqui? Preciso que me envie uma do vô Ico, pode ser?
Paulis

Ana disse...

Bolis, mas você não leu o crédito? tá lá.
E que foto do meu pai estava aqui antes dessa de hoje? delirou??
Não tenho foto do vô Ico, ele era o fotógrafo oficial, sempre atrás da câmera.

QuebraCabeça ou EsteLadoParaCima disse...

Ahhh, Pindorama eu conheço bem!
Essa rua que desce, de onde foi tirada a foto é a rua 15 de novembro, a transversal é a rua 7 de setembro.